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Ivani Ferreira é professora e blogueira . Possui graduação em Letras pela Faculdade Asa de Brumadinho (2006), Normal Superior pela Universidade Federal de Montes Claros(2005), especialização em Psicopedagogia pela Universidade Federal Castelo Branco (2007), Supervisão Pedagógica pela FINON (2008). Professora efetiva na rede Municipal de Brumadinho desde 2005, porém, atua na rede municipal com turmas da Educação Infantil , Ensino Fundamental 1 e 2 , desde o ano de 2002. Trabalhou como supervisora pedagógica na Escola Municipal Leon Renault- Brumadinho/MG (2013- 2016). Atualmente trabalha como professora da Educação Infantil na EMEI Nair das Graças Prado em Brumadinho/MG. Sejam bem vindos(as)!!! Instagram.com/professoraivaniferreiraoficial

terça-feira, 28 de julho de 2015

Texto A Abelha Chocolateira

A ABELHA CHOCOLATEIRA



Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.
- Mas você é uma operária! – Gritava a rainha — Tem que aprender.
Na colmeia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...
Todos os dias, bem cedinho, saía atrás das flores de laranjeira, limoeiros, mangueiras, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colmeia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... – gritaram suas colegas operárias.
- Iac, que nojo! – Esbravejaram os zangados zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho.
- Ela deve ser expulsa da colmeia! – Gritavam os zangões.
- É horrorosa, um desgosto para a raça! – Diziam outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colmeia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? – Indagou a rainha, que sabia que o chocolate é um gostoso alimento que vem de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma ideia brilhante.
No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.
Moral da história: as diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser respeitadas.
CANTON, Kátia. Leitura fábula. Nova Escola. São Paulo: Abril, jan./fev. 2006, p. 58-59.



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