Matéria sobre a saudosa Cachoeira dos Antunes- Jornal Gazeta


      CACHOEIRA DOS ANTUNES:

               30 ANOS APÓS A DESAPROPRIAÇÃO.

 Matéria publicada no link abaixo:

         CACHOEIRA DOS ANTUNES:

               30 ANOS APÓS A DESAPROPRIAÇÃO.


      O Distrito de Cachoeira dos Antunes recebeu esse nome devido a linda cachoeira, que era uma atração local, e a família Antunes que ali habitavam. Com menos de mil habitantes, apenas uma rua principal, uma venda, uma mercearia e um bar, todos moradores eram conhecidos, amistosos e que tinham prazer em trocar gentilezas, receber visitas e oferecer cafezinhos com quitandas feita no forno a lenha. A igreja ao final da longa escadaria era um local de encontros, bênçãos e muitas festividades. Contava sempre com a tradicional banda de música abrilhantando os eventos. As escadarias da igreja servia também de bancos para bate papo dos amigos e casais de namorados. A atração turística era cachoeira com uma linda queda d’agua, onde jovens de várias cidades e localidades iam para acampar aos finais de semana.
      No ano de 1988, com o objetivo de atender a demanda e ofertar água em abundância para a população de Belo horizonte, a Copasa, desapropriou a população de Cachoeira dos Antunes e todo o seu entorno. Em nome do “progresso” as famílias foram “desapropriadas” forçadas a deixar suas terras, para que no local fosse construída a atual barragem/Sistema de Captação de Água Rio Manso, obra idealizada pelo Governador Newton Cardoso. Do ponto de vista teórico, desapropriação é o procedimento através do qual o Poder Público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a adquire, mediante indenização. Foi o que aconteceu naquela época, com os moradores que eram amigos, parentes, trocavam gentilezas e confiavam uns nos outros e viviam utilizando mercadorias produzidas em suas terras como moeda de troca, fatos que acontecem no interior, uma família produz fubá e troca por arroz produzido em outra propriedade. A “palavra” valia muito e tinha valor diante desse modo de vida simples.
     No decorrer das negociações apareceram os oportunistas, sabe-se que, onde tem dinheiro envolvido tem as pessoas querendo se dar bem, ter lucro imediato a custas do sofrimento alheio.  O povo já sofrido em ter que deixar suas propriedades, tiveram que distinguir o bem e o mal, perceber que palavra de charlatões e enganadores não valem nada. Vieram os contratos com advogados negociações e corretores fingindo ser amigos. Para receber as indenizações os advogados recebiam, geralmente, 10% do valor total. Corretores oferecendo casas e terrenos visando lucros altos e por fim, teve o plano Collor, que confiscou o dinheiro que o povo havia deixado aplicado na poupança. Houve conterrâneos mais conservadores que vieram a falecer de tristeza e angústia. Enfim, teve muita dor sofrimento, decepções e perdas de vários lados.
     As famílias que residiam Cachoeira dos Antunes em propriedades vizinhas se mudaram para diversos lugares: Rio Manso, Brumadinho, Igarapé, Souza, Bernardas, São Joaquim de Bicas, Carmópolis, Itatiaiuçú, Itaúna, dentre outras. Após a mudança, todas as famílias, começaram uma nova vida, com novas adaptações e muitas saudades de um local que não existe mais para ser visitado.
     Mediante a saudade, foi criado um grupo no facebook para resgatar e manter vivas as memórias de um povo. O grupo “Cachoeira dos Antunes/ Resgatando Memórias” conta com mais de mil membros e todos colaboram com fotos e relatos sobre o passado. Nesse reencontro online, todos saudosamente relatam sobre suas novas vidas, saudades, perdas e almejam um reencontro de ex moradores mas que ainda não foi possível concretizar.
Muito triste pensar que em nome do “progresso” toda uma comunidade foi inundada!
               “Um povo sem memória é um povo sem história”.


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Um pouco mais de história.....


Cachoeira dos Antunes,Rio Manso/MG





               “Um povo sem memória é um povo sem história”.
#professoraivaniferreira





























































 Informações sobre Cachoeira dos Antunes

Em meados de 1988, a população de Cachoeira dos Antunes (município de Rio manso) e todo o seu entorno, foram desapropriados, para que no local fosse construída a barragem/Sistema de Captação de Água Rio Manso, obra idealizada pelo Governador Newton Cardoso.

     As famílias que residiam Cachoeira dos Antunes em propriedades vizinhas se mudaram para diversos lugares: Rio Manso, Brumadinho, Igarapé, Souza, Bernardas, São Joaquim de Bicas, Carmópolis, Itatiauçú, Itaúna.... etc.

     O Sistema de captação de Água/Rio Manso foi inaugurado em 1991 e hoje é o maior da COPASA  possuindo outorga para captar 10,5 m3/s no lago.

     Após a mudança, todas as famílias, começaram uma nova vida, com novas adaptações e muitas saudades de um local que não existe mais para ser visitado.

Principais contribuintes da barragem/Rio Manso


Rios Manso e Veloso e os córregos Souza, Provisório, Grande, Lamas, do Cruzeiro, das Pedras, Taboca, da Pinguela, Areias e Quéias.

Matéria - Jornal das Gerais!
                                                               

Projeto "Cidade Educadora" - Jovens aprendizes/Brumadinho


Projeto Cidade Educadora


Metodologia utilizada:


Ø  O olhar
Ø  O afeto
Ø  O sonho
Ø  O cuidado
No dia 10/05/18 foi realizada pesquisas nas ruas de Brumadinho onde cada grupo entrevistaram as pessoas com o intuito de identificar oportunidades educativas no território.

Nos grupos identificamos as seguintes informações.

O olhar: os grupos se deslocaram pelas ruas, praças, avenidas, rodoviária e comércios da cidade, os jovens entrevistaram os moradores e frequentadores com questões que diziam respeito ao clima, questões ambientais e educacionais. Foi percebido grande acolhimento daqueles que foram entrevistados respondendo com prontidão o que lhes era perguntado. Conhecemos o projeto Batucabrum de execução musical para crianças carentes.

O afeto: realizamos pesquisas com várias pessoas, mas uma em especial nus chamou a atenção foi a professora Ivani Ferreira de 44 anos professora na Emei Nair das Graças Prado, ela nos relatou que achou muito interessante nossa iniciativa do projeto e nos deu a sugestão de estar realizando o mesmo na Emei onde ela trabalha. Onde nós criaríamos no pátio da escola artes educativas para as crianças que é de extrema importância para o desenvolvimento motor, cognitivo, social e afetivo das crianças e também uma hortinha onde será trabalhado a importância dos alimentos.

O sonho: nós perguntamos para as pessoas:-Qual Brumadinho você quer para o futuro? Um Brumadinho com boa educação e saúde, com mais acessibilidade para pessoas com deficiência e idosos. -O que devemos fazer para alcançá-lo? Investimento melhor da administração pública na educação e saúde.

O cuidado: entrevistamos dois senhores na praça/rodoviária e eles falaram que o ambiente é muito agradável e tranquilo, a única desvantagem era alguns cachorros abandonados que ficavam na rua podendo prejudicar alguma criança que brincava por ali.

                      O Milagre

Ferramenta utilizada: Analise Swot (FOFA)

Forças

ü  Melhor desenvoltura na educação comparada a municípios vizinhos.
ü  Diversidade cultural.
ü  Preservação do meio ambiente.
ü  Professores da rede publica com projetos de melhoria na educação.
ü  Paisagem natural.
ü  Agricultura.
ü  Ação social.

Fraquezas

ü  Falta de acessibilidade no município.
ü  Falta de profissionais capacitados na administração publica.
ü  Falta de incentivo dos moradores para melhoria da cidade.
ü  No ponto de vista dos entrevistados há um “abandono” por parte da prefeitura em relação à população.
ü  Falta de exploração e mediação dos bens culturais, por exemplo, a estação ferroviária.
ü  Mobilidade e saúde.
ü  Ruralidade.
Oportunidades

ü  A população passa “obrigatoriamente” pela praça sendo o melhor local pra a pesquisa.
ü  Espaço favorável para a realização de eventos culturais para a população.
ü  Localização central em relação ao fácil acesso às escolas.
ü  Município com grandes minerações (chances de ajudas em projetos).
Ameaças

ü  Desvalorização dos professores em relação a outras cidades.
ü  Infraestrutura educacionais baixa em relação a cidade central Belo Horizonte.
ü  Empreendedorismo/déficit de informação empresarial.
ü  Falta de oportunidades na cidade de emprego.
ü  Má fama “dos agentes políticos” mão de obra com pouca qualificação na cidade.


Construção coletiva


Objetivos: após a realização de uma entrevista com os moradores foram identificadas necessidades nos ambientes educacionais da cidade. Diante da ideia de uma das entrevistadas surgiu o contexto geral do projeto proposto pelos aprendizes em realizar uma revitalização do espaço lúdico de uma creche na cidade. Após a análise do ambiente foi determinada a necessidade que se encontrava o local.


Justificativa: Restaurar o espaço de lazer de uma creche em Brumadinho com o objetivo de ampliar os recursos lúdico/pedagógicos (pintura no chão onde será feito o alfabeto em caracol, a amarelinha com números e etc.) e a criação de uma hortinha para potencializar o aprendizado do aluno e despertar seu interesse para a alimentação saudável e a oportunidade de conhecer melhor os alimentos e experimentá-los na merenda escolar, conhecendo suas cores, aromas e texturas.

Arrecadação dos materiais necessários: será realizada uma arrecadação por parte dos jovens para que possam comprar os materiais necessários, iremos contar com a ajuda das empresas parceiras e outras.

Sobre a ação: os jovens se organizarão juntamente com a educadora e a coordenadora e se deslocarão para o local onde será realizado o projeto, onde o trabalho será dividido em grupos.