domingo, 30 de março de 2014

Plano de aula para o e 2º ano. A casa sonolenta

 Plano de aula

Tema: Livro A Casa Sonolenta


 Conteúdo:

Linguagem oral, leitura e escrita

Interpretação oral e escrita

Produção textual

Dramatização


Objetivos:

- Conhecer o livro: A casa sonolenta;

- Criar o hábito de escutar histórias;

- Enriquecer o imaginário infantil;

- Favorecer o contato com textos de qualidade literária;

- Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento;

- Ordenar as ilustrações da história;

- Listar o nome dos personagens;

- Escrever o nome dos personagens;

- Favorecer a compreensão e a memorização do texto pelos alunos, permitindo uma leitura autônoma;


Desenvolvimento:

Com as propostas de escrita e interpretação, tanto orais como escritas, abordamos as questões de linguagem.

Além disso, exploramos nos jogos a reciprocidade da vida em grupo, a construção das regras e todas as relações já citadas.

Nos relatórios, a abordagem interdisciplinar se evidência na produção artística, dobraduras, escrita espontânea de palavras, frases e textos e a representação gráfica da quantidade visando à apropriação da linguagem dos signos matemáticos e das operações.

Apresentamos o mapa conceitual evidenciando as relações entre os diversos conceitos:

- Desmontar o texto em parágrafos e os alunos, individualmente ou em duplas, devem remontar;

- Numerar o texto e sortear os números. Cada aluno deve ler o parágrafo que está relacionado ao seu número (atenção e seriação).

- Trazer o texto desmontado para que cada aluno leia um dos parágrafos a fim de desenhá-lo. Após, o grupo remonta o texto baseado na escrita e nos desenhos.

- Montar com dobradura a casa sonolenta. Colar tirinhas enroladas de papel crepom dentro da casa, as quais representarão as personagens, e desenhar a cama aconchegante onde todos estavam dormindo. Podem escrever o texto, colocar o nome das personagens. (noções espaciais, de ordem e de série, tamanho, noções dentro/fora, em cima embaixo, etc).

A casa sonolenta (História com acumulação)
 


























































A Casa Sonolenta 
"Era uma vez uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma cama, uma cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Nessa casa tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante,numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,onde todos viviam dormindo.
Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando,em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando,numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse cachorro, tinha um gato. Um gato ressonando, em cima de um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó rocando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta,onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha um rato, um rato dormitando, em cima de um gato ressonando, em cima do um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó rocando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Em cima desse gato tinha uma pulga....
Seria possível?
Uma pulga acordada, em cima de um rato dormitando, um gato ressonando,em cima do um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando,em cima de uma avó rocando, numa casa aconchegante,numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Uma pulga acordada que picou o rato, que assustou o gato,
que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, que deu um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta,onde ninguém mais estava dormindo. 
 

sábado, 29 de março de 2014

História: MENINO MALUQUINHO -ZIRALDO







Era uma vez um menino maluquinho




Ele tinha o olho maior que a barriga




tinha fogo no rabo




tinha vento nos pés




umas pernas enormes

(que davam para abraçar o mundo)




e macaquinhos no sótão

(embora nem soubesse o que

significava macaquinhos no sótão).




Ele era um menino impossível!




A melhor coisa do mundo

na casa do menino maluquinho

era quando ele voltava da escola

A pasta e os livros

chegavam sempre primeiro

voando na frente




Um dia no fim de ano

o menino maluquinho

chegou em casa com uma bomba:

"Mamãe, tou aí com uma bomba!"




"Meu neto é um subversivo!"

gritou o avô.




"Ele vai matar o gato!"

gritou a avó.




"Tira esse negócio daí!"

falou - de novo - a babá. 



Mas aí o menino explicou:

"A bomba já explodiu, gente.

Lá no colégio."




"Esse menino é maluquinho!"

falou o pai, aliviado."

E foi conferir o boletim

Esse susto não era nada

tinha outros que ele pregava.

Às vezes

sem qualquer ordem

do papai e da mamãe

se trancava lá no quarto

e estudava e estudava

e voltava do colégio

com as provas terminadas

tinha dez no boletim

que não acabava mais




E ele dizia aos pais

cheio de

contentamento:

"Só tem um zerinho aí.

Num tal de

comportamento!"




A pipa que

o menino maluquinho soltava

era a mais maluca de todas

rabeava lá no céu

rodopiava adoidado

caía de ponta cabeça

dava tranco e cabeçada

e sua linha cortava

mais que o afiado cerol.




E a pipa

quem fazia

era mesmo o menininho

pois ele havia aprendido

a amarrar linha e taquara

a colar papel de seda

e fazer com polvilho

o grude para colar

a pipa triangular

como o papai

lhe ensinara

do jeito que havia

aprendido

com o pai

e o pai do pai

do papai.




Era preciso ver

o menino maluquinho

na casa da vovó!




Ele deitava

e rolava

pintava e bordava

e se empanturrava

de bolo e cocada

E ria

com a boca cheia

e dormia

cansado

no colo da vovó

suspirando de

alegria

E a vovó dizia:

"Esse meu neto

é tão maluquinho"




O menino maluquinho

tinha

dez namoradas!




Ele era

um namorado

formidável

que desenhava

corações

nos troncos

das árvores








e fazia versinhos


e fazia canções.

E se escalavrava

nos paralelepípedos




e rasgava os fundilhos

no arame da cerca

e tinha tanto esparadrapo

nas canelas

e nos cotovelos

e tanta bandagem

na volta das férias

que todo ano ganhava

dos colegas

no colégio

o apelido de Múmia




E chorava escondido

se tinha tristezas




O menino maluquinho

tinha lá os seus segredos

e nunca ninguém sabia

os segredos que ele tinha

(pois segredo é justo assim).




Tinha uns mais segredáveis

E outros que eram menos.




O menino maluquinho

jogava futebol.




E toda a turma

ficava esperando

ele chegar

pra começar o jogo.




É que o time

era cheio de craques

e ninguém queria

ficar no gol.

Só o menino maluquinho

que dizia sempre:




"Deixa comigo!"">




E ia rindo pro gol

para o jogo começar.




E o menino maluquinho

voava na bola

e caía de lado

e caía de frente

e caía de pernas pro ar

e caía de bunda no chão




E a torcida ria

e gostava de ver

a alegria daquele goleiro.

E todos diziam:

"Que goleiro maluquinho!"




E aí, o tempo passou.

E, como todo mundo,

o menino maluquinho cresceu.




Cresceu

e virou um cara legal!




Aliás,

virou o cara mais legal

do mundo!




Mas, um cara legal, mesmo!




E foi aí que todo mundo descobriu que ele

não tinha sido um menino maluquinho


ele tinha sido era um menino feliz!